É mais importante do que nunca, investir no mercado sênior. Ao contrário da imagem que tínhamos sobre a população idosa, eles estão mais antenados e por dentro das novas tecnologias que chegaram para facilitar a vida de todos.
Logo, as organizações precisam de uma estratégia para envolver o público maior de 50 anos em sua audiência, principalmente os investidores que atuam no mercado de saúde.
Isso porque há enormes oportunidades para novos produtos e serviços em áreas que vão desde a dieta e aptidão física até os que passam por coordenação de cuidados, monitoração de sinais vitais e gestão de medicamentos.
Nesse contexto, listamos as principais informações sobre o mercado da terceira idade para empreendedores, empresas e investidores. Confira!
As oportunidades do mercado sênior
O mercado sênior representa uma grande diferencial para as empresas
O mercado da terceira idade é enorme e crescente
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento populacional que mais aumenta na sociedade brasileira é o de idosos.
De acordo com a pesquisa, em 2019, os idosos representavam 15,7% da população, enquanto as crianças de até 9 anos de idade, uma parcela de 12,8% da população.
Outra projeção do IBGE aponta que até 2060, 1 em cada 4 brasileiros será idoso. Uma média de 73,5 milhões, em 2060.
O crescimento da população
O crescimento da população reflete-se no crescimento do mercado, uma vez que a mão de obra ativa – pessoas entre 17 a 70 anos – vivem mais e melhor com o avanço das novas tecnologias.
Além disso, a área da saúde beneficia-se diretamente, pois é certo que a distribuição de custos dos cuidados com a saúde está fortemente interligada com a idade.
Esse é um fenômeno que assume relevância crescente como as gerações que estão entrando nesse segmento.
Após o primeiro ano de vida, os custos de saúde são mais baixos para as crianças, mas sobem lentamente ao longo da vida adulta. No entanto, crescem exponencialmente depois dos 50 anos.
Envelhecimento da população: entenda a vida reimaginada
Isso não é diferente no resto do mundo
No ano de 2000 nos EUA, havia um total de 77 milhões de americanos com mais de 50 anos de idade. Em seguida, até 2012, esse número dos 50 anos cresceu para 104 milhões.
Segundo documento da The Administration for Community Living de 2020, um em cada sete americanos era uma pessoa idosa.
Nos últimos 10 anos, a população com 65 anos ou mais aumentou de 38,8 milhões em 2008 para 52,4 milhões em 2018 (um aumento de 35%) e está projetado para chegar a 94,7 milhões em 2060.
Ou seja, em 2030 os 65 anos ou mais representará 1 em cada 5 americanos.
A estrutura etária e o poder de consumo da terceira idade
A princípio, vamos considerar a explicação de José Eustáquio Diniz Alves – Doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE/IBGE) – sobre a transformação econômica e etária no país:
“O Brasil vem passando por uma transição da estrutura etária. Mas esta transição não ocorre de maneira uniforme entre as “classes” sociais. Considerando os diferentes níveis de renda, as mudanças na pirâmide populacional ocorrem de maneira diacrônica.
Como a transição da fecundidade foi liderada pelas camadas de mais alta renda e maiores níveis educacionais, a pirâmide da “classe” de maior posição de renda começou a mudar há mais de 50 anos. As classes médias seguiram o mesmo caminho com um certo lapso de tempo.
Assim, as “classes sociais” mais pobres, abarcando a população coberta pelo Programa Bolsa Família, iniciaram o processo de declínio da fecundidade com um certo atraso. Essas só apresentaram uma redução na natalidade na primeira década do século XXI. Ou seja, na última década, diminuiu o número absoluto de nascimentos de crianças morando em domicílios com renda per capita menor de R$ 70,00 (valor de 2010).”
Em resumo, a interpretação mostra que as pessoas que atingem níveis maiores de longevidade são as de renda maior e maiores níveis educacionais.
De acordo com o avanço da idade, estudos mundiais (incluindo o Brasil) mostram a mudança de comportamento de gastos que reduzem-se com a idade.
Isso acontece pela redução de despesas de educação e manutenção de filhos, além de investir em cuidados pessoais, como consultas especializadas e medicamentos.
Ao mesmo tempo, é fato que no mercado poucos produtos e serviços são direcionados para o público sênior e que atendam às suas necessidades, diminuindo o desejo de compra.
O mercado sênior tem mais disponibilidade de recursos para consumo.
De acordo com os dados da Receita Federal DIRPF 2014, os declarantes com idade entre 51 a 80 anos são 41% dos declarantes. Essa parcela tem 66% dos bens e direitos e 46% dos rendimentos tributáveis.
Além disso, aproximadamente 60% dos rendimentos são isentos e tributados exclusivamente.
Sob o mesmo ponto de vista, pessoas com 50+ nos Estados Unidos têm o maior patrimônio em comparação a qualquer segmento da população.
Assim, este grupo representa mais da metade de todas as despesas de consumo de adultos nos Estados Unidos.
Nos próximos 20 anos, espera-se que os gastos por pessoas de 50+ aumentem em 58%. Enquanto os gastos pelos americanos com idades entre 25-50 crescerá apenas 24%.
Só para exemplificar, imagine o mercado da terceira idade como um novo país no mapa do mundo.
Um território em rápida expansão de mais de 100 milhões de pessoas, associado com US$ 7 trilhões em atividade econômica de cada ano.
Se este grupo fosse seu próprio país ele iria se classificar em terceiro lugar, atrás apenas da China e dos EUA, como uma força na economia global!
Ainda tem dúvidas sobre o potencial para as empresas do mercado sênior? Então, te convido a continuar esse debate com outros textos da nossa página para o público sênior.
Nosso blog já tratou sobre o poder da comunicação pera o público idoso e os surpreendentes sucessos de marketing no Japão em envelhecimento
David Lederman é presidente da Lederman Consulting & Education e organizador dos Workshops Oficiais do Disney Institute no Brasil.
Fundador da Escola Nacional de Qualidade de Serviços (ENQS), Professor na Fundação Vanzolini no Curso de Especialização em Administração de Serviços – CEAS e Professor no MBA em Administração, Finanças e Geração de Valor na disciplina “Excelência em Serviços e Fidelização de Clientes” da PUCRS.
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