O envelhecimento da população é um fenômeno mundial. Isso reflete nosso sucesso em lidar com os níveis de fertilidade e, ao mesmo tempo, desenvolver novos tratamentos e tecnologias que propiciem o aumento da expectativa de vida.
Conforme mostra o relatório The World Population Prospects 2019, da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo o documento, até 2050, uma em cada seis pessoas no mundo terá mais de 65 anos (16%), acima de uma em 11 em 2019 (9%).
Em contrapartida, o número de pessoas em idade produtiva tende a diminuir e impactar diretamente as relações econômicas e sociais.
Uma vez que estamos dentro dessa tendência de uma população mais velha, precisamos refletir sobre a integração e participação do público da terceira idade, tanto no mercado de trabalho quanto na relação de consumidor.
Por exemplo, você já pensou em investir em estratégias de marketing para maduros? A minha experiência frente à Lederman Consulting & Education mostra que boa parte das organizações tem poucas intenções de aprimorar o investimento em ações para a terceira idade.
Nesse contexto, vamos entender a vida reimaginada com o envelhecimento populacional sendo uma realidade.
Envelhecimento da população: oportunidade para reimaginar conceitos
De uma maneira geral, o envelhecimento da população apresentará novos desafios e também novas oportunidades.
A princípio, se não houver adaptação, é provável que haja:
- uma tensão sobre os sistemas de pensão e de segurança social;
- o aumento da procura de cuidados de saúde (todos os níveis);
- o requerimento de uma força de trabalho de saúde maior e mais bem treinada;
- e o aumento da necessidade de cuidados de longo prazo e, especialmente em lidar com quadros de maior atenção, como a demência.
Esses pontos devem ser revisados pelas organizações públicas e privadas para fornecer a esse público todas as suas necessidades e exigências. As oportunidades são enormes!
Além de uma parte essencial de suas famílias e comunidades, os idosos são um repositório de conhecimento, inclusive, sobre o mercado de trabalho.
Logo, anos de experiência ajudam empresas novas a evitarem os mesmos erros e trazer uma nova visão sobre processos e ações de marketing.
Só para exemplificar, devemos supor que uma pessoa da terceira idade terá uma visão inovadora sobre um produto ou serviço de forma que abra espaço entre o público idoso.
Como resultado, as pessoas mais velhas que conhecem essa diferenciação têm maiores chances de tornar-se um cliente fiel da marca.
Já para o público sênior interno das organizações, a integração e participação garantem uma vida mais longa e bem vivida.
Se podemos ter certeza de que estamos esticando a vida no meio e não apenas no final, esses anos extras podem ser tão produtivos quanto quaisquer outros.
Longevidade como vantagem competitiva
As sociedades, comunidades e empresas que se adaptarem ao envelhecimento da população colhem um considerável “dividendo de longevidade”, e terão uma vantagem competitiva sobre aqueles que não o fazem.
No entanto, essa transformação não virá facilmente. Antes de tudo, é necessário mudar a nossa forma de pensar e a forma como fazemos negócios com a terceira idade.
Não precisamos ir muito longe para trazer uma questão enraizada em nossa sociedade: os estereótipos do que é ser velho.
Ou seja, precisamos considerar a interação do envelhecimento da população brasileira e mundial com as tendências, como a mudança tecnológica, globalização e urbanização.
Precisamos “reinventar” o envelhecimento. Acima de tudo, temos que ser inovadores e não simplesmente tentar reinventar o passado.
Essa é a vida reimaginada!
Desde já, as pessoas estão questionando o ponto de vista tradicional sobre o envelhecimento populacional.
Uma recente pesquisa nos Estados Unidos mostrou que apenas uma pequena minoria queria se aposentar com a idade tradicional.
De acordo com os dados, cerca de 80% queriam continuar a participar – mas não da mesma maneira. Eles incluíram alguns desejos no trabalho na terceira idade:
- trabalhar em tempo parcial
- iniciar uma nova carreira
- iniciar um pequeno negócio.
Em resumo, eles buscam flexibilidade! Isso é emocionante, porque mostra que as pessoas mais velhas são agentes ativos em nossa sociedade, eles desejam continuar a contribuir para o nosso desenvolvimento socioeconômico.
Da mesma forma, o envolvimento e compromisso evitam o isolamento, a solidão e garantem a segurança financeira dos idosos.
Ao mesmo tempo, as novas tecnologias, como aplicativos e mensageiros eletrônicos, implementam novos desafios e possibilidades para a conexão do público sênior.
Isso faz com que eles se sintam por dentro das novidades e em movimento, rompendo o principal tabu associado ao público sênior.
A vida reimaginada começa com a mudança na nossa mentalidade.
Assim, juntos, vamos criar uma sociedade onde o envelhecimento populacional represente uma força a mais para as organizações.
Por fim, te convido a continuar esse debate com outros textos da nossa página para o público sênior.
Nosso blog já tratou sobre o Mercado Sênior e o poder de consumo e os surpreendentes sucessos de marketing no Japão em envelhecimento
David Lederman é presidente da Lederman Consulting & Education e organizador dos Workshops Oficiais do Disney Institute no Brasil.
Fundador da Escola Nacional de Qualidade de Serviços (ENQS), Professor na Fundação Vanzolini no Curso de Especialização em Administração de Serviços – CEAS e Professor no MBA em Administração, Finanças e Geração de Valor na disciplina “Excelência em Serviços e Fidelização de Clientes” da PUCRS.
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