Quando se torna evidente para nós que o nosso ente querido não pode passar o dia sem assistência, começamos a buscar recursos, como as AVD. Isso porque, logo ao chegarmos à primeira agência, somos questionados sobre suas Atividades da Vida Diária.

Mas o que é isso?

Cada campo tem seu jargão, e muitos dos termos são siglas para frases usadas com frequência.

Por exemplo, no negócio de prestação de cuidados, frequentemente usa-se a frase “atividades da vida diária”. E há uma boa razão para isso.

As AVD são uma das medidas mais importantes utilizadas para determinar se as pessoas se qualificam para executar determinadas tarefas ou se elas precisam de um aumento do nível de cuidados.

Essencialmente, essas tarefas ajudam a determinar o que plano de assistência de um indivíduo deve implicar.

E, para nos ajudar a entender a AVD, perguntei a Carmel Froemke alguns esclarecimentos.

A Carmel passou 25 anos prestando atendimento direto em gestão de programas para pessoas com deficiência e é especializada em reabilitação de saúde mental.

Pensando nisso, no artigo abaixo mostro como Carmel responde às nossas perguntas sobre as atividades da vida diária e a importância em seu negócio.

Boa leitura!

AVD: O que são?

As AVD, ou atividades da vida diária, são as habilidades fundamentais de autocuidado que precisamos para cuidar adequadamente de nós mesmos.

Além disso, existem seis AVD básicas que envolvem a capacidade de forma independente, são elas:

  • Comer e obter uma nutrição adequada;
  • Lavar-se em banheira, chuveiro ou esponja de banho e manter práticas de higiene pessoal, como escovar os dentes e barbear;
  • Vestir-se, tanto colocar e tirar a roupa, incluindo a gestão de elementos de fixação, calçar sapatos e outros dispositivos de assistência (chaves, membros artificiais, etc.);
  • Usar o banheiro e manter o controle da bexiga, intestinos e higiene associado a estes;
  • Andar e manter a mobilidade (ou executar transferências), como se mover da cama para uma cadeira ou subir e descer escadas.

Qual a importância das AVD?

Como vimos, as Atividades da Vida Diária (AVD) são fundamentais para avaliar e promover a qualidade de vida, a autonomia e a independência de uma pessoa, na maior idade, em sua rotina diária. Em suma, elas englobam tarefas básicas, como alimentação, higiene pessoal e locomoção, bem como atividades instrumentais mais complexas, como cuidar das finanças, preparar refeições e realizar compras.

Neste contexto, a importância das AVD se destaca em diversos contextos, como na avaliação da saúde de idosos, pessoas com deficiência, pacientes em reabilitação e indivíduos com doenças crônicas. Dessa forma, esses indicadores são cruciais tanto para identificar o nível de dependência de um indivíduo quanto para planejar intervenções que garantam sua qualidade de vida, além de promover ao idoso:

Autonomia e Independência

Primeiramente, manter a capacidade de realizar as AVD é essencial para que o indivíduo preserve sua dignidade e autonomia. Dessa forma, a independência nas tarefas diárias reduz a necessidade de ajuda constante de terceiros, proporcionando maior senso de controle sobre a própria vida e, consequentemente, impacto positivo na autoestima e saúde mental.

Avaliação da Saúde Funcional

Como visto anteriormente, as AVD são amplamente utilizadas em avaliações médicas e terapêuticas, o que ajuda a identificar limitações físicas, cognitivas ou emocionais que possam comprometer o desempenho diário. Por exemplo, um declínio nas AVD pode indicar o início de uma condição neurodegenerativa, como a doença de Alzheimer, ou a necessidade de suporte adicional após um acidente ou cirurgia.

Planejamento de Cuidados Personalizados

Além disso, profissionais de saúde, cuidadores e familiares utilizam a análise das AVD para planejar cuidados que atendam às necessidades específicas do indivíduo. Dessa forma, intervenções podem incluir terapias ocupacionais, fisioterapia, adaptações no ambiente ou treinamento de cuidadores para melhorar a assistência.

Redução de Riscos

Por fim, comprometimentos nas AVD aumentam o risco de acidentes, como quedas, e complicações de saúde, como desnutrição ou infecções. Dessa forma, avaliar e intervir nessas áreas ajuda a prevenir esses problemas, promovendo um envelhecimento mais saudável e seguro.

A preservação e o fortalecimento das AVD são fundamentais para garantir que cada indivíduo viva com maior bem-estar e funcionalidade. Por isso, investir em avaliações regulares e intervenções adequadas pode transformar a qualidade de vida das pessoas em diferentes etapas e condições de saúde.

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Classificação das Atividades da Vida Diária: quais são as mais importantes e como realizá-las?

Em suma, as Atividades da Vida Diária (AVD) podem ser classificadas em dois grandes grupos: AVD Básicas e AVD Instrumentais. Nesse contexto, essa classificação é fundamental para entender quais tarefas têm maior impacto na autonomia de uma pessoa e para direcionar intervenções específicas de acordo com o grau de dependência.

Pensando nisso, separamos abaixo alguns exemplos desses grandes grupos. Confira!

AVD Básicas

Em resumo, as AVD Básicas referem-se às atividades essenciais para a sobrevivência e o cuidado pessoal. Dessa forma, elas incluem tarefas indispensáveis que, quando comprometidas, indicam alto nível de dependência. Por exemplo:

  • Higiene pessoal: escovar os dentes, tomar banho e pentear o cabelo;
  • Alimentação: capacidade de se alimentar sem ajuda;
  • Vestir-se: escolher e colocar roupas adequadas;
  • Locomoção: andar, levantar-se de uma cadeira ou deitar-se na cama;
  • Controle de esfíncteres: capacidade de ir ao banheiro de forma autônoma.

Dessa forma, para garantir a execução dessas tarefas, é essencial um ambiente acessível e adaptado às necessidades do indivíduo. Por exemplo, barras de apoio no banheiro, utensílios de fácil manuseio e roupas com aberturas simples podem ser soluções práticas. Além disso, terapias ocupacionais podem treinar ou reabilitar habilidades comprometidas.

AVD Instrumentais

Em suma, as AVD Instrumentais englobam tarefas mais complexas, que exigem habilidades cognitivas, motoras e sociais. Dessa forma, elas são fundamentais para uma vida independente e bem estruturada, mas não são consideradas vitais para a sobrevivência imediata. Por exemplo:

  • Preparar refeições: cozinhar alimentos de forma segura e saudável;
  • Cuidar das finanças: pagar contas e gerenciar o orçamento;
  • Fazer compras: escolher e adquirir produtos necessários;
  • Usar transporte: dirigir ou utilizar transporte público;
  • Gerenciar medicamentos: organizar e tomar os remédios de forma correta.

Neste contexto, planejamento e organização são cruciais para essas atividades. Dessa forma, o uso de tecnologias, como aplicativos de lembretes para medicamentos ou listas de compras digitais, pode facilitar essas tarefas. Em casos de dificuldade, cuidadores ou familiares podem auxiliar, sem comprometer a independência do indivíduo mais do que o necessário.

Quais são as AVD mais importantes?

A relevância das AVD varia de acordo com o contexto e a necessidade do indivíduo. Em situações críticas, as AVD Básicas são prioritárias, pois afetam diretamente a saúde e a sobrevivência. Já as AVD Instrumentais tornam-se mais importantes em estágios de recuperação ou manutenção da independência, especialmente em idosos ou pessoas com doenças crônicas.

Dessa forma, manter essas atividades em equilíbrio é essencial para promover uma vida funcional e digna. Por exemplo, avaliações periódicas por profissionais de saúde, como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, são fundamentais para identificar dificuldades e propor estratégias que garantam a realização das AVD.

Quais AVD tendem a ficar fracas primeiro com a idade?

Como sabemos, o banho é a AVD mais comumente suportada.

Logo após, é seguido por vestir, banheiro, transferência / mobilidade e comer, de acordo com o Centro Nacional de Assisted Living Sourcebook de 2001.

Muitas vezes, a perda de habilidades em AVD é uma condição médica ou fraqueza geral, sendo que os cuidadores e entes de suporte devem primeiro determinar a causa do problema.

Dessa forma, em seguida, deve-se tomar as medidas necessárias para corrigir a situação.

Por isso, é melhor ter uma avaliação completa por um especialista, como um cuidador, enfermeiro ou assistente social para melhor identificar os problemas, as causas e as possíveis soluções.

Já os membros da família podem ser muito úteis, compartilhando informações a partir de sua perspectiva única.

Por exemplo, o idoso pode ter uma perda de flexibilidade ou destreza para apertar zíperes, botões ou laços de sapatos.

Nesse sentido, mudar seu estilo de roupa para calças elásticas na cintura, sapatos de fechamento com velcro, ou blusas e camisas com fechamento frontal podem resolver o problema.

Com isso, se você percebeu que os seniores tiveram mudanças em higiene (não parecem limpos e arrumados, ou tem um odor corporal), você precisa determinar a causa.

Mas, se o medo de cair no chuveiro ou banheira é o problema, a solução pode ser tão simples como o fornecimento de medidas de segurança adequadas, como:

  • barras de apoio;
  • tapetes antiderrapantes;
  • uma cadeira de banho.

Agora, se a fraqueza geral os impediu de lavar a sua roupa ou tomar banho, você vai querer prestar este serviço ou contratar alguém para fazer isso por eles.

Além disso, é aconselhável incentivar um regime de exercícios a essas pessoas.

Consequentemente, é possível fortalecer os músculos e ajudar a elevar a resistência.

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Imagem: iStock

Como você sabe quando você ou seu ente querido precisa de ajuda?

Como vimos, as AVD englobam todas as atividades da vida cotidiana, as quais têm um valor, um significado concreto e um propósito para cada pessoa.

Além disso, as ocupações são centradas na identidade e nas capacidades de cada pessoa, impactando no modo de como cada um ocupa seu tempo e toma suas decisões.

Entretanto, alguns sinais de alerta são comuns e devem ser motivo de preocupação, como:

  • perda de peso;
  • pular refeições;
  • comida estragada na geladeira;
  • dificuldade em se lembrar de tomar medicamentos ou ir a consultas;
  • confusão sobre algumas atividades diárias;
  • perder-se, ter dificuldade em gerir as finanças e pagar contas;
  • aumento de isolamento ou alterações em sua rotina típica.

Geralmente, isso se deve porque a maioria dos idosos quer manter sua independência por tanto tempo quanto possível.

Por isso, têm medo de dizer a alguém que eles estão tendo dificuldades crescentes e podem ter medo de ter que se afastar de sua zona de repouso e conforto.

Para se ter uma ideia, muitos idosos esperam até que uma crise aconteça antes de procurar ajuda!

Porém, se eles estão dispostos a planejar com antecedência, como trabalhar com um gerente de cuidado para desenvolver um plano personalizado de atendimento, uma crise muitas vezes pode ser evitada.

Por sua vez, isso pode reduzir os custos, já que evita serviços de hospitalização, cuidados qualificados ou reabilitação.

Ajuda necessária

Já percebemos que a intervenção de um membro da família ou amigo pode ser necessária, principalmente para encorajar um idoso a procurar assistência.

Mas, lembre-se de começar aos poucos e ir devagar, porque pessoas mais velhas podem ser resistentes à mudança.

Por exemplo, a adição de um serviço para a tarefa de cuidar da lavagem de roupas, ou ainda um trabalho no quintal, limpeza pesada, ou transporte para consultas.

Além disso, “mentirinhas” podem ser apropriadas, como:

  • “Eu estou indo mesmo, assim então, eu vou levá-lo”;
  • “Eu vou pegar seus mantimentos para você.”

Isso porque, uma vez que o idoso está aceitando alguma ajuda de fora, os serviços adicionais podem ser mais facilmente introduzidos.

Por isso, se você pode enquadrar a assistência de uma forma que o idoso acredita que vocês estão ajudando-o com um problema, ele/ela provavelmente colaborarão para encontrar uma solução.

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Imagem: iStock

O que são Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD)?

Agora que sabemos o que são as AVD, vamos entender as AIVD.

As Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD) se referem as habilidades necessárias para viver de forma independente.

Ou seja, incluem a capacidade de usar um telefone, frequentar uma loja, preparar a própria comida ou fazer o serviço de limpeza completa e lavanderia.

Além disso, abrangem atividades como utilizar transporte, tomar medicamentos com segurança e precisão, e gerenciar as finanças pessoais, tais como orçamento e pagamento de contas.

Um fato interesse a ressaltar: quando se recebe assistência em casa para AIVD é, muitas vezes, referido como um serviço de dona de casa.

Enquanto, quando se recebe ajuda para AVD, é muitas vezes referido como um auxiliar de saúde na casa, atendente de cuidados pessoais ou cuidados de custódia.

Exercícios para trabalhar as atividades da vida diária com o público sênior

Promover a autonomia do público sênior por meio de exercícios voltados às Atividades da Vida Diária (AVD) é essencial para manter a qualidade de vida e a independência. Com o envelhecimento, algumas funções motoras e cognitivas podem ser comprometidas, dificultando tarefas simples do dia a dia. A boa notícia é que a prática de exercícios específicos pode ajudar a preservar e até recuperar habilidades relacionadas às AVD, como por exemplo:

  • Fortalecimento muscular: melhora a força necessária para atividades como levantar-se de uma cadeira ou carregar objetos leves;
  • Aprimoramento do equilíbrio: reduz o risco de quedas, garantindo maior segurança na locomoção;
  • Estimulação da coordenação motora: facilita tarefas como cozinhar ou manusear objetos pequenos;
  • Reforço cognitivo: contribui para a memória e a organização necessárias em AVD instrumentais, como gerenciar medicamentos.

Neste contexto, separamos abaixo alguns exemplos de exercícios práticos para o público sênior:

1. Sentar e levantar da cadeira

    • Objetivo: fortalecer os músculos das pernas e melhorar a mobilidade;
    • Como fazer: o idoso deve sentar e levantar-se de uma cadeira repetidamente, com os braços cruzados no peito ou apoiando-se nos braços da cadeira, se necessário;
    • Dicas: inicie com 5 a 10 repetições e aumente gradualmente.

2. Treino de alcance e pegada

    • Objetivo: melhorar a coordenação e a força das mãos e braços;
    • Como fazer: posicione objetos em prateleiras de diferentes alturas e peça ao idoso que os alcance e os pegue. Pode incluir atividades como dobrar roupas ou colocar utensílios na mesa;
    • Dicas: escolha objetos leves e evite alturas que exijam esticar-se demais.

3. Subir e descer degraus

    • Objetivo: trabalhar o equilíbrio e a força das pernas, essenciais para tarefas de locomoção;
    • Como fazer: utilize um degrau baixo ou uma escada segura, com apoio, e peça para subir e descer lentamente;
    • Dicas: monitore de perto para evitar quedas e faça pausas conforme necessário.

4. Exercícios de coordenação fina

    • Objetivo: melhorar habilidades motoras para tarefas como abotoar roupas ou usar talheres;
    • Como fazer: atividades como encaixar peças em um quebra-cabeça, empilhar blocos pequenos ou prender clipes de papel podem ser úteis;
    • Dicas: adapte o nível de dificuldade conforme a capacidade do idoso.

5. Treino de memória e planejamento

    • Objetivo: auxiliar em AVD instrumentais, como compras e organização de tarefas;
    • Como fazer: peça ao idoso para criar uma lista de compras imaginária ou planejar uma sequência de atividades simples (ex.: preparar um café);
    • Dicas: combine exercícios cognitivos com movimentos, como caminhar até um “mercado simulado” para pegar itens.

Como Implementar os exercícios no dia a dia

  • Avaliação inicial: é importante que um profissional de saúde avalie as limitações e capacidades do idoso antes de começar os exercícios;
  • Supervisão constante: em especial para idosos com dificuldades motoras ou doenças crônicas, a supervisão de um cuidador ou fisioterapeuta é essencial;
  • Adaptação e progressão: personalize os exercícios de acordo com o ritmo e as necessidades de cada indivíduo, aumentando gradualmente a intensidade.

Portanto, os exercícios voltados para as AVD não apenas ajudam a preservar a independência, mas também promovem o bem-estar físico, mental e emocional do público sênior. Dessa forma, incorporá-los à rotina pode fazer uma diferença significativa na qualidade de vida, garantindo que tarefas simples do dia a dia permaneçam acessíveis e seguras.

Prepare sua empresa no mercado sênior!

Como vimos no artigo, as Atividades da Vida Diária, AVD, são as tarefas pessoais relacionadas aos autocuidados e também a outras habilidades pertinentes ao cotidiano de qualquer pessoa, principalmente dos idosos.

Já as atividades instrumentais da vida diária (AIVD) são habilidades complexas necessárias para se viver de maneira independente, como gerenciar as finanças e lidar com transportes.

Juntas, as AVDs e AIVDs, representam as habilidades que as pessoas geralmente precisam ter para viver como adultos independentes.

Além disso, geralmente, profissionais de geriatria mencionam essas AVDs e AIVDs, normalmente em relação a atividades instrumentais de vida diária, que são um pouco mais complexas.

Um ponto importante: a dificuldade em se manejar as AIVDS é particularmente comum na doença de Alzheimer e em outras demências.

Por isso, avaliar as AIVDs pode ajudar em uma avaliação diagnóstica, bem como determinar que tipo de assistência um idoso necessita no dia a dia.

Está preparando sua empresa e colaboradores para uma boa avaliação das AVDs e AIVDs no mercado Sênior?

Não deixe de se atualizar e venha discutir sobre estas e outras questões em nosso blog!

David Lederman é presidente da Lederman Consulting & Education e organizador dos Workshops Oficiais do Disney Institute no Brasil. 

Fundador da Escola Nacional de Qualidade de Serviços (ENQS), Professor na Fundação Vanzolini no Curso de Especialização em Administração de Serviços – CEAS e Professor no MBA em Administração, Finanças e Geração de Valor na disciplina “Excelência em Serviços e Fidelização de Clientes” da PUCRS.

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