Enquanto no século passado a expectativa de vida girava em torno dos 30 anos, o século XXI traz uma luz sobre a saúde e longevidade.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida no Brasil subiu para 76,8 anos em 2020.
Ou seja, em média, vivemos 46 anos a mais do que os nossos antepassados, mais do que o dobro.
Ao mesmo tempo, estamos passando por um período de declínio nas taxas de nascimento.
Esses dois fatores criam uma equação complexa sobre o aumento da longevidade com saúde, ao passo que os filhos e netos são menos presentes na vida dos idosos.
Além disso, com o passar dos anos é inevitável o surgimento de doenças e fragilidades que exigem o apoio da família, amigos e profissionais.
Nesse contexto, os avanços na longevidade e saúde representam novos desafios, não somente para o público sênior, mas para toda a sociedade.
Saúde e longevidade na história da humanidade
Conforme adiantamos mais acima, ao longo da história humana, a expectativa de vida girava em torno de 30,1 anos.
Viver além dos 50 anos foi uma realização apreciada por cerca de apenas metade da população nascida em 1900.
Enquanto isso, hoje, cerca de 94% das pessoas vão viver até os 30 anos, pelo menos, tanto quanto isso.
Afinal, antigamente uma simples gripe podia ser o suficiente para levar uma pessoa ao hospital, uma vez que os medicamentos eram escassos.
Em contrapartida, mais recentemente, vimos a vacina contra o vírus da COVID-19 ser desenvolvida, testada e aprovada em pouco mais de um ano.
Inclusive, o público idoso foi considerado prioritário para receber as doses da vacina, visto que a saúde mais fragilizada ampliava as chances de contaminação.
Ou seja, estamos investindo em tecnologias que promovem a boa saúde e a longevidade.
No entanto, junto com o envelhecimento da população surgem problemas mais complexos que, para além das inovações, exigem extensa assistência durante longos períodos de tempo.
Novos desafios estabelecidos pela saúde e longevidade
Enquanto muitas pessoas vivem em idades avançadas com excelente saúde, conforme cada década passa, existem riscos crescentes de incapacidade e dependência.
Em um passado não muito distante, as pessoas mais velhas podiam confiar em seus filhos para cuidar deles.
Contudo, as rápidas mudanças culturais nos países desenvolvidos e nos países em desenvolvimento, como China e Índia, têm levado a mudanças nos valores de cuidados familiares e à migração dos filhos adultos para lugares distantes, em busca de oportunidades econômicas.
Ou seja, o mundo em desenvolvimento está começando a experimentar mudanças graves na estrutura da população.
Ao passo que os jovens deixam as aldeias, vilas rurais e cidades do interior em busca de melhores colocações no mercado de trabalho, os adultos mais velhos dispõem de menos cuidadores em potencial.
Apesar disso, os desafios que a saúde e longevidade impõem sobre a sociedade também abrem caminho para novas soluções.
Novas ideias para a qualidade de vida do público sênior
A princípio, os mensageiros eletrônicos e acesso facilitado a internet permite a proximidade mesmo através de longas distâncias.
Enquanto o marketing para maduros segue sendo um tabu entre as organizações, precisamos considerar que os aplicativos e smartphones fazem parte da vida do público sênior.
Nesse contexto, com a possibilidade de comunicação em qualquer lugar do mundo, a dependência de parentes próximos pode ser substituída por uma assistência paga.
Vale destacar que esses locais são feitos especialmente para atender as necessidades das pessoas idosas ou deficientes.
As opções são diversas. Desde cuidadores profissionais em sua própria casa, ou até mesmo mudar-se para instalações médicas ou residenciais.
Inclusive, mais e mais pessoas idosas têm exercido a opção de “envelhecer no lugar, no lar”.
Mas como nós, mais jovens e responsáveis, fazemos isso sem passar o dia inteiro preocupados?! É aqui que entra a gerontecnologia!
Em suma, o conceito envolve: pesquisa, concepção, desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas técnicas, produtos e serviços voltados ao público idoso.
O objetivo é reforçar e aperfeiçoar os domínios da atividade humana, como a habitação, comunicação, transporte, trabalho, saúde e lazer.
Assim, as novas tecnologias contribuem com mais segurança e qualidade de vida para pessoas idosas que enfrentam algumas limitações. Alguns exemplos são:
- casas inteligentes;
- robôs sociais;
- tecnologia assistiva;
- telemedicina;
- m-saúde (monitoramento baseado em telefone móvel);
- e uma gama de aplicações de software.
Essas inovações auxiliam as pessoas idosas e todos os envolvidos, como familiares e cuidadores.
Saiba mais como a Gerontecnologia contribui para a qualidade de vida do idoso
Longevidade com saúde é possível?
Desde já, cientistas, engenheiros e empresários têm, coletivamente, visto esse cenário como uma oportunidade de projetar produtos e serviços inovadores.
Dessa forma, o futuro reserva pessoas idosas mais independentes e com muito mais qualidade de vida.
Uma série de questões já foram estudadas quanto à aceitação de novas tecnologias pelas pessoas mais velhas.
Os dados sugerem que, enquanto a idade desempenha papel na aceitação da tecnologia, problemas relacionados à auto eficácia, a inteligência fluida e inteligência cristalizada são ainda mais importantes.
Além disso, mesmo nos casos em que os indivíduos não têm técnica, conhecimento ou habilidade, eles podem estar dispostos a usar uma tecnologia que seja percebida como útil ou fácil de usar.
Ou seja, os desafios da saúde e longevidade devem incluir as necessidades das pessoas idosas e não desconsiderar os seus desejos durante este processo.
Afinal, qual idoso não quer ver o sorriso da família mesmo através das telas? Ou viver cada novo dia na casa que faz parte da sua história?
Por fim, te convido a continuar essa reflexão nos textos da nossa página para o público sênior!
Nosso blog já tratou sobre o Mercado Sênior e o poder de consumo e também dos surpreendentes sucessos de marketing no Japão em envelhecimento.
David Lederman é presidente da Lederman Consulting & Education e organizador dos Workshops Oficiais do Disney Institute no Brasil.
Fundador da Escola Nacional de Qualidade de Serviços (ENQS), Professor na Fundação Vanzolini no Curso de Especialização em Administração de Serviços – CEAS e Professor no MBA em Administração, Finanças e Geração de Valor na disciplina “Excelência em Serviços e Fidelização de Clientes” da PUCRS.
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