Apesar de ser um assunto pouco debatido, a violência contra idosos no Brasil aumenta a cada ano.

De acordo com dados apresentados pelo Governo do Brasil, as pessoas idosas são a segunda parcela da população mais vulnerável à violência, atrás apenas das crianças e adolescentes. Em suma, as denúncias de violações contra esse grupo representam 30% do total recebido pelo Disque 100 em 2019 mais de 35 mil em 2022.

Além disso, os dados apresentados mostram que, em sua maioria, a violência contra a pessoa idosa é praticada por alguém da família como filhos, netos, genros ou noras, entre outros.

Por esse motivo, muitas vezes os idosos violentados não procuram ajuda por medo, vergonha e receio de prejudicar algum membro familiar.

Assim, é extremamente importante que as pessoas que tem um relação próxima com idosos fique atento a sinais que podem evidenciar o abuso contra essa parcela da população.

Pensando nisso, neste artigo abordo mais sobre o assunto e listei algumas respostas a perguntas frequentes sobre o tema e como ajudar um idoso em situação de violência.

Boa leitura!

O que é a violência contra idosos?

Em suma, a violência contra idosos é classificada como qualquer ato conhecido, pretendido, ou descuidado, que causa dano ou sérios riscos a uma pessoa idosa fisicamente, mentalmente, emocionalmente ou financeiramente.

Ainda de acordo com as informações do Governo Federal, a violação contra pessoas idosas que concentra o maior volume é a negligência, Com aproximadamente 38 mil registros, quase 80% do total, seguida de violência psicológica (24%), abuso financeiro (20%), violência física (12%) e violência institucional (2%).

Dessa forma, a violência contra idosos é um problema social complexo e perturbador, que envolve o abuso, negligência ou exploração de indivíduos com 60 anos ou mais.

Além disso, ela pode acontecer em diferentes contextos, como lares de idosos, hospitais, centros de dia, ou até mesmo no ambiente doméstico, sendo perpetrada por familiares, cuidadores e profissionais de saúde, entre outros. Ou seja, o termo é bem amplo e abrange tipos diferentes de maus tratos.

Violência contra idosos no Brasil

Embora a violência contra idosos seja um fenômeno global, é importante olharmos para a situação específica no Brasil.

Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, através do Disque 100, o Brasil tem visto um aumento preocupante nas denúncias de violência contra idosos nos últimos anos. Em 2020, por exemplo, foram registradas 79.918 denúncias de violência contra idosos, representando um aumento de quase 60% em relação ao ano anterior.

Em suma, a violência psicológica é o tipo de violência mais comum, seguida pela violência financeira. Ambas têm efeitos devastadores na saúde e bem-estar dos idosos. Além disso, a maioria das vítimas é do sexo feminino e a violência ocorre predominantemente no ambiente familiar, muitas vezes perpetrada por filhos e netos.

As regiões do Sudeste e Nordeste lideram as estatísticas de denúncias. Mas, é crucial lembrar que isso não necessariamente reflete uma maior prevalência de violência nessas áreas, mas pode estar relacionado com o maior acesso à informação e aos mecanismos de denúncia.

Com isso, estes números são mais do que estatísticas, são um grito de alerta para a necessidade de conscientização, prevenção e combate à violência contra idosos no Brasil. Por isso, é importante que todos reconheçam a importância de proteger e respeitar os direitos dos idosos, oferecendo a eles o cuidado, a segurança e a dignidade que merecem.

violência contra idosos

Os tipos de violência contra idosos

Como vimos, a violência contra idosos se manifesta de diversas formas, algumas mais visíveis e outras mais sutis, mas todas igualmente nocivas. Por isso, entender e reconhecer esses diferentes tipos de violência é fundamental para proteger os idosos e garantir seus direitos.

Pensando nisso, listei abaixo os 7 principais tipos de violência contra idosos. Confira!

1. Violência física

Primeiramente, este tipo de violência envolve qualquer ação que cause dor ou lesão física ao idoso, como bater, empurrar, chutar ou ferir de qualquer forma. Além disso, também pode envolver restrições físicas desnecessárias, forçar a alimentação ou privação de cuidados médicos.

Em suma, é o uso da força para ameaçar ou fisicamente ferir uma pessoa idosa vulnerável.

2. Violência emocional ou psicológica

Em suma, envolve ações que causam dano emocional ou psicológico ao idoso. Pode incluir insultos, humilhações, ameaças, manipulações, ou a privação intencional de interações sociais e familiares.

Ou seja, ataques verbais, ameaças, rejeição, isolamento, ou atos depreciativos que podem causar angústia mental, dor ou sofrimento para uma pessoa idosa.

3. Abuso sexual

Em suma, qualquer ato sexual não consentido, forçado, enganado, ameaçado, coagido ou atividade sexual imprópria envolvendo o idoso. Inclui toque inapropriado, exposição indevida e atividades sexuais forçadas.

4. Exploração: violência financeira ou econômica

Em suma, envolve a exploração financeira do idoso, podendo incluir roubo de dinheiro ou bens, fraudes, coerção para modificar documentos legais, ou a exploração da incapacidade do idoso para gerenciar suas finanças.

Em resumo, roubo, fraude, negligência ou uso incorreto de autoridade, usado como uma alavanca para ganhar o controle sobre o dinheiro ou a propriedade de uma pessoa mais velha.

5. Negligência e abandono

Refere-se à ausência de assistência adequada ao idoso, sejam cuidados básicos como alimentação, higiene e medicação, ou apoio emocional e social.

Além disso, falha ou recusa de um cuidador para garantir a segurança de uma pessoa idosa vulnerável, física ou necessidades emocionais. Em suma, a deserção de um idoso fragilizado, ou vulneráveis, por qualquer pessoa com um dever de cuidado.

6. Violência institucional

Em resumo, refere-se ao mau trato de idosos em instituições como asilos, casas de repouso ou hospitais. Dessa forma, pode incluir negligência, abuso físico ou psicológico, ou privação de direitos básicos.

7. Autonegligência

Por fim, a incapacidade de compreender as consequências de suas próprias ações ou omissão, que provoque dano ou ameaça de perigo.

Embora não seja uma forma de violência perpetrada por outros, a autonegligência é um comportamento prejudicial em que o idoso não cuida de suas próprias necessidades básicas ou saúde.

Por isso, reconhecer e entender esses diferentes tipos de violência contra idosos é o primeiro passo para prevenção e combate. Além disso, é importante ressaltar que toda e qualquer forma de violência é inaceitável e deve ser denunciada.

violência contra idosos

Como posso identificar um perfil violento?

Apesar de os agressores comumente serem membros da família, a violência contra idosos também pode ocorrer em uma instalação de cuidados de longa duração, como uma casa de repouso, lares de idosos ou residência assistida.

Geralmente, os funcionários e agentes temporários que têm contato direto com os moradores são os autores mais frequentes.

Outros criminosos podem incluir velhos amigos ou “amigos” recém adquiridos que se aproximam intencionalmente para usufruírem dos benefícios dos idosos.

Embora não haja um perfil típico de um abusador, a seguir estão alguns sinais comportamentais que podem indicar problemas:

  • Aumento no consumo de álcool ou outras drogas;
  • Controle sobre as ações dos idosos: determinação sobre quem eles podem ver, com quem podem falar e para onde podem ir;
  • Isolar o mais velho da família e amigos, o que pode aumentar a dependência ao agressor;
  • Dependência emocional/financeira sobre mais velho: incapacidade para ser autossuficiente;
  • Ameaçar de deixar, ou enviar, o mais velho para um lar de idosos;
  • Indiferença ou hostilidade: o agressor parece não se importar com o idoso, apresenta comportamento apático ou hostil;
  • Minimizar os ferimentos de um idoso, culpando a vítima, ou outros para o abuso, negligência ou exploração;
  • Ameaçar ou prejudicar o animal de estimação de um idoso;
  • Histórico criminal anterior;
  • Doença mental;
  • Traços de personalidade preocupantes: mau humor, hiper criticidade, tendência a culpar os outros pelos próprios problemas.

Do mesmo modo, em relação aos cuidados de longo prazo, alguns outros fatores de risco potenciais de abuso de idosos são:

  • Práticas de contratação negligentes: contratação de criminosos, ladrões e usuários de drogas violentos para trabalhar como auxiliares, técnicos de manutenção, etc., sem realizar as devidas verificações de antecedentes;
  • Muito poucos funcionários, alta rotatividade e formação inadequada;
  • Falta de compaixão ou empatia por parte dos cuidadores em relação aos idosos e pessoas com deficiência.

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Como denunciar a violência contra idosos?

Como podemos perceber, a melhor forma de combater a violência contra idosos é não se silenciar em frente a essas situações.

Para exemplificar, o Disque 100, serviço de denúncias de violações de direitos humanos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive em feriados. O serviço é gratuito e confidencial, sendo possível denunciar sem se identificar.

Além disso, o aplicativo Direitos Humanos Brasil e o site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos também disponibilizam canais para denúncias de violência contra idosos. Adicionalmente, a Polícia Militar da sua região pode atender denúncias de casos de violência em andamento ou urgentes contra vulneráveis, basta ligar para o 190.

Em algumas cidades, também é possível recorrer ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), que é um serviço público responsável por prestar atendimento a pessoas que tiveram seus direitos violados.

Vale lembrar que a saúde física e emocional dos idosos depende também da nossa atenção, cuidado e afeto. Portanto, esteja disponível para ouvir e acolher aqueles que sempre estiveram lá por nós. Ao nos depararmos com qualquer indicativo de abuso contra idosos, é nosso dever moral e legal tomar ações efetivas para protegê-los.

CONTE COM A LEDERMAN

Neste artigo, vimos o que é e os tipos de violência contra idosos, além de formas de combater esse crime.

Além disso, para oferecer uma vida saudável e digna aos idosos, os cuidadores e famílias devem ter uma escuta ativa e estarem informados e capacitados para cuidar desse grupo de vulneráveis.

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David Lederman é presidente da Lederman Consulting & Education e organizador dos Workshops Oficiais do Disney Institute no Brasil.

Fundador da Escola Nacional de Qualidade de Serviços (ENQS), Professor na Fundação Vanzolini no Curso de Especialização em Administração de Serviços – CEAS e Professor no MBA em Administração, Finanças e Geração de Valor na disciplina “Excelência em Serviços e Fidelização de Clientes” da PUCRS.

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