Se o seu pai sofre de enurese noturna primária persistente, você pode primeiro ver um médico de medicina familiar ou geriatra. No entanto, o início de enurese noturna em idosos geralmente precisam ser encaminhados para um especialista, como um urologista ou especialista em desordem do sono.
Enquanto você pode ficar constrangido a abordar a questão com os outros, um profissional médico será capaz de lhe dar opções para ajudar a tratar a ocorrência de molhar a cama. Em muitos casos, fazer xixi na cama pode ser curado.
Neste artigo, você vai entender melhor o conceito, causas e tratamentos dessa condição.
Boa leitura!
O que é enurese noturna em idosos?
Em suma, a enurese noturna em idosos é a perda involuntária de urina durante o sono, ocorrendo de forma recorrente, mesmo após o indivíduo já ter controle esfincteriano estabelecido. Embora seja mais comum na infância, a condição também pode afetar adultos e idosos, impactando significativamente sua qualidade de vida, autoestima e autonomia.
Ao contrário do que muitos pensam, a enurese noturna em pessoas idosas não é para ser vista como uma consequência “normal” do envelhecimento. Na verdade, ela costuma estar associada a condições clínicas específicas, alterações fisiológicas ou até ao uso de certos medicamentos. Por isso, seu aparecimento exige investigação cuidadosa e abordagem multidisciplinar.
Quais são as principais causas da enurese noturna em idosos?
Em resumo, entre as principais causas da enurese noturna em idosos, destacam-se:
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Poliúria noturna: quando há produção excessiva de urina durante a noite, muitas vezes associada a doenças como diabetes, insuficiência cardíaca ou apneia do sono;
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Hiperatividade da bexiga: aumento involuntário da contração do músculo detrusor, dificultando o armazenamento da urina;
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Redução da capacidade funcional da bexiga: comum com o avanço da idade, especialmente em idosos com histórico de infecções urinárias frequentes ou patologias urológicas;
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Distúrbios neurológicos: como demência, Parkinson, AVC e outras doenças que afetam os nervos que controlam a bexiga;
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Uso de medicamentos: alguns remédios, como diuréticos, antidepressivos e sedativos, podem interferir no controle urinário;
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Mobilidade reduzida ou dificuldade para se locomover até o banheiro à noite, agravada por ambientes pouco adaptados ou mal iluminados;
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Fatores psicológicos: ansiedade, estresse ou traumas também podem desencadear episódios de enurese em algumas situações.
Além desses fatores, alterações no sono, como despertares menos frequentes ou sono mais profundo, também podem contribuir, já que o idoso não percebe o estímulo da bexiga cheia a tempo de acordar.
Por isso, identificar a causa exata da enurese noturna em idosos é essencial para traçar o melhor tratamento. Em muitos casos, o uso de ferramentas como diário miccional, exames complementares e avaliações médicas pode esclarecer o quadro e guiar as melhores intervenções.
Tratamentos
Monitoramento da ingestão de fluidos: Limitar a ingestão de fluidos no final da tarde e à noite antes de deitar provoca uma diminuição da quantidade de urina produzida durante a noite.
Além disso, um diário miccional, onde se registra horários, volumes urinados e ingestão de líquidos, é uma ferramenta valiosa para entender padrões, identificar poliúria noturna e orientar intervenções clínicas.
Este poderia ser um primeiro passo útil para reduzir as noites molhadas. Além disso, diminuindo a quantidade de bebidas com cafeína e bebidas alcoólicas pode ajudar. No entanto, isso não significa que você deve reduzir a ingestão de líquidos em geral.
Altere apenas o horário de ingestão de líquidos, pois beber líquidos adequados é importante para a saúde geral. Certifique-se de beber bastante água.
Treinamento do volume de bexiga
Esta técnica é um esforço para aumentar a capacidade da bexiga em pessoas que têm um pequeno intervalo de urinar. O treinamento envolve beber grandes quantidades de líquido durante o dia e abster-se de esvaziar a bexiga o maior tempo possível, até 2-3 horas.
Através do treinamento, a capacidade funcional da bexiga é aumentada, tornando as idas ao banheiro menos frequentes. Este método pode ser particularmente útil para aqueles com a hiperatividade do detrusor diagnosticada, uma condição na qual os músculos da bexiga contraem-se com frequência e involuntariamente.
Para os homens com sintomas de aumento da próstata, consulte um profissional de saúde para as opções de terapia comportamental, dado que o treinamento de aumento do volume da bexiga pode resultar em distensão, ou alongamento, a bexiga.
Além disso, técnicas complementares, como biofeedback, auxiliam pacientes a perceber melhor os sinais vesicais e controlar a musculatura do assoalho pélvico, promovendo maior eficácia no treinamento vesical.
O que é biofeedback?
Em resumo, o biofeedback é uma técnica terapêutica que ajuda o paciente a entender e controlar funções fisiológicas do corpo que normalmente ocorrem de forma involuntária, como a contração muscular, batimentos cardíacos ou o funcionamento da bexiga.
No tratamento da enurese noturna em idosos, o biofeedback é especialmente útil para o treinamento do assoalho pélvico. Dessa forma, por meio de sensores e equipamentos específicos, o paciente recebe feedback visual ou sonoro em tempo real sobre a atividade muscular da região pélvica. Consequentemente, isso permite que ele aprenda, com orientação profissional, a reconhecer os sinais do corpo e fortalecer os músculos responsáveis pelo controle urinário.
Essa técnica é não invasiva e pode-se aplicar em consultório com acompanhamento de fisioterapeutas especializados em uroginecologia ou profissionais da área de saúde que atuam com reabilitação pélvica. Portanto, o objetivo é melhorar a consciência corporal, corrigir padrões disfuncionais e reforçar a capacidade de reter a urina durante a noite.
Além disso, o biofeedback pode ser utilizado em conjunto com outras abordagens, como exercícios de Kegel, medicações ou técnicas comportamentais, oferecendo bons resultados no controle da enurese noturna, principalmente em pacientes com comprometimento neuromuscular leve a moderado.
Sistema de alarme de enurese noturna em idosos
Um alarme de cama molhada é um dispositivo que desperta um indivíduo do sono, logo que o acidente começa. Diversas variações de alarme existem, que vão desde vibração a alarmes sonoros, e dispositivos de detecção de umidade que podem ser anexados à roupa interior ou uma almofada individual.
Uma vez despertado, o indivíduo é capaz de parar o fluxo de urina, terminar de urinar no banheiro, e voltar para a cama. Eventualmente, o corpo ficará condicionado a acordar com a vontade de urinar antes de molhar a cama.
Esta opção de tratamento leva algumas semanas para trabalhar, o que requer motivação e comprometimento. Não é tão eficaz se o alarme dispara várias vezes por noite devido a mais de uma cama episódio molhar de diminuição da capacidade funcional da bexiga.
Apesar de, em muitos casos, molhar a cama, este dispositivo ajuda o usuário a ultrapassar a condição.
Além dos alarmes tradicionais, existem hoje sensores vestíveis com ultrassom, capazes de detectar aumento de volume vesical e emitir alertas preventivos, mais discretos e eficazes.
Acordar
Embora esta opção não trate o problema, pode ser útil na prevenção de uma cama molhada. Trata-se de definir um alarme durante a noite em um horário aleatório, a fim de urinar. É importante definir o alarme em um horário aleatório para que a bexiga não se acostumar com esvaziamento em um horário agendado durante a noite, independentemente de você estar acordado ou não.
Além de ser uma técnica comportamental útil, combina-se o despertar programado, em casos selecionados, com o uso de medicações específicas, como a desmopressina. Esse medicamento atua reduzindo a produção de urina durante a noite e pode ser indicado em situações de enurese noturna persistente, principalmente quando há limitação de resposta às abordagens não farmacológicas.
No entanto, o uso de desmopressina em idosos requer atenção especial. Isso porque há um risco aumentado de hiponatremia (níveis baixos de sódio no sangue), condição que pode causar confusão mental, tonturas e, em casos graves, convulsões. Por isso, a medicação deve ser sempre prescrita e monitorada por um médico. Considera-se o histórico de saúde do paciente, outros medicamentos em uso e a função renal.
Quando bem indicada e acompanhada por um profissional, essa combinação entre medicação e técnicas comportamentais pode proporcionar melhores resultados no controle da enurese noturna, melhorando a qualidade de vida do idoso e facilitando os cuidados noturnos.
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David Lederman é presidente da Lederman Consulting & Education e organizador dos Workshops Oficiais do Disney Institute no Brasil.
Fundador da Escola Nacional de Qualidade de Serviços (ENQS), Professor na Fundação Vanzolini no Curso de Especialização em Administração de Serviços – CEAS e Professor no MBA em Administração, Finanças e Geração de Valor na disciplina “Excelência em Serviços e Fidelização de Clientes” da PUCRS.
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