A dificuldade em engolir, clinicamente conhecida como disfagia, pode ocorrer por uma variedade de razões, incluindo neoplasias (tumores orais que podem ou não serem cancerosos), desordens neuromusculares e demência.

Nesse contexto, o quadro é mais comum em idosos e pacientes com doenças neurológicas ou que sofreram algum trauma na boca ou garganta.

Ao mesmo tempo, lidar com a pessoa amada e sua dificuldade em engolir pode ser doloroso, frustrante e assustador para os cuidadores. Afinal, a prestação de cuidados a alguém que amamos envolve nutrir e alimentá-las.

Mas, quando a capacidade de proporcionar prazer através dos alimentos é retirada ou dificultada, os cuidadores podem acabar se sentindo rejeitados.

Pode parecer ilógico, mas quando nossos melhores esforços resultam em tosse ou engasgos, é difícil nos sentirmos bem sobre nós mesmos.

No entanto, precisamos entender é que isso não é culpa nossa. Muitas doenças podem causar problemas de deglutição.

Dessa forma, como cuidadores, tudo o que podemos fazer é como aprender a lidar da melhor maneira que pudermos.

  

Disfagia: conheça os principais sintomas

A princípio, os sinais e sintomas indicativos de disfagia são reconhecíveis, mas muitas vezes são sutis. Eles incluem:

  • Tempo e esforço prolongado despendido na hora da refeição
  • Alimentos ou líquidos vazando para fora da boca
  • Uma voz borbulhante durante e após as refeições
  • Tosse, enquanto se come
  • Perda de peso
  • Desidratação
  • Congestão no peito
  • Pneumonia por aspiração

Ao perceber estes sinais, é importante que os cuidadores fiquem atentos e explorem a causa.

O tratamento e gestão dependerão de uma avaliação oficial, que é comumente realizada por um laringologista.

  

Doença de Alzheimer x Disfagia

Em pacientes com a doença de Alzheimer e demência, a dificuldade em engolir irá ocorrer em algum momento durante a trajetória da doença e é um indicador da progressão da doença.

A causa é a perda do reflexo da musculatura da mandíbula ou diminuição do nível de consciência, o que requer maior cuidado e supervisão.

Apesar de ser extremamente difícil para as famílias, esse momento requer ainda mais cuidado e supervisão.

Isso porque, a pneumonia por aspiração é uma das causas mais comuns de morte em pacientes de Alzheimer.

  

Como lidar com a dificuldade em engolir?

Primeiramente, é importante determinar a causa exata dos problemas de deglutição, através da avaliação profissional.

No entanto, algumas sugestões ajudam o cuidador a lidar o quadro de disfagia:

  • Engrossar líquidos com espessante alimentar ou frutas em purê, tais como damascos e ameixas. Dessa forma, os líquidos engrossados não vão pingar para baixo da garganta quanto os sucos finos.
  • Preparar uma dieta de alimentos macios, como purê, sopa ou alimentos cortados finamente.
  • Tire o tempo necessário para permitir a mastigação adequada e evitar engolir por inteiro.
  • Remova qualquer distração durante as refeições para permitir a concentração e foco.
  • Fique alerta aos sinais que indicam distrações e que façam a comida ficar na boca.
  • Garanta que o posicionamento esteja na posição vertical, e não caído para a frente ou reclinado, para permitir que a deglutição seja feita mais facilmente.
  • Programe as refeições para os horários mais alertas do dia.

 

Quando procurar ajuda de um profissional da saúde?

Uma vez que a disfagia torne-se tão grave que não é mais possível engolir, a doença pode ter progredido ao ponto de considerar uma avaliação de internação.

Assim, a perda de peso e incapacidade de alimentar-se e engolir estão incluídos nos principais sinais para tomar cuidados paliativos.

Uma avaliação por um profissional médico seria apropriada para determinar se é hora para cuidados de final da vida.

“Embora eu tenha tido, até agora, a sorte de não ter tido esse problema com os meus entes queridos, eu sei que fazer meu pai comer correndo durante as refeições foi contraproducente.

Por isso, sei que é fácil para a pessoa que faz a alimentação tornar-se impaciente, conforme nós sentamos e nos propomos a esperar para cada mordida ou gole ser bem engolido.”

A alimentação é mais uma tarefa de cuidar que requer muita paciência. Dê o espaço para pessoa e todo o tempo que precisa para terminar sua refeição.

A nós, cabe demonstrar cuidado e amor em nosso rosto, ao invés da irritação passageira pela sua lentidão.

Dito isso, use o contato visual e incentive-os com pistas visuais, como abrir a boca quando é suposto para beber ou morder.

Essas dicas  simples são lembretes valiosos que existem coisas que nós, como cuidadores, podemos fazer para manter os nossos entes queridos alimentados e e cuidados com mais segurança.

 

 

David Lederman é presidente da Lederman Consulting & Education e organizador dos Workshops Oficiais do Disney Institute no Brasil. 

Fundador da Escola Nacional de Qualidade de Serviços (ENQS), Professor na Fundação Vanzolini no Curso de Especialização em Administração de Serviços – CEAS e Professor no MBA em Administração, Finanças e Geração de Valor na disciplina “Excelência em Serviços e Fidelização de Clientes” da PUCRS.

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